quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ruído x Bem estar

Ruído tem influência sobre o bem estar físico e psíquico


Estudo realizado na Suécia revela que o ruído interfere de forma significativa em nossas vidas. Presente tanto no trabalho como nas atividades de lazer, ele acarreta numa série de alterações, não só pela exposição sonora que gera risco de desenvolvimento de uma perda de audição, mas também estresse, perda da concentração, agitação, ansiedade entre outros.

Talvez você se identifique com a seguinte situação: está num bar ou café, numa roda de amigos, tentando prestar atenção na conversa mas é frequentemente interrompido pelo garçom que mal entende o pedido, pelo barulho da cadeira na mesa ao lado, telefones tocando, e a música começa a soar ao fundo...

Um estudo realizado por um grupo de pesquisadores interessados nas implicações da perda de audição, demonstrou que não apenas em locais como construções, fábricas e bares, mas também, no trabalho, escolas e atividades de lazer o ruído está presente e traz uma série de consequências para a vida das pessoas.

Ruído incômodo no trabalhoO estudo avaliou o impacto do ruído para diferentes profissionais em diversos locais de trabalho. Num escritório, 47% das pessoas referiram incômodo. Entre os 142 jornalistas que responderam ao questionário, 51% referiram dificuldade de concentração e vincularam ao ruído ambiente.  Entre professores e pedagogos, 67% desses profissionais referiram que o ruído é um problema vivenciado no local de trabalho e 57% referiram dificuldades para entender o que o aluno diz.  O ruído em escolas muitas vezes ultrapassa os 75dB e pode se igualar ao ruído de trânsito de algumas vias, comentam os pesquisadores. Isso faz com que os professores tenham que falar mais alto para serem ouvidos e gera maior esforço e estresse.

Uma questão ainda pior pra quem possui uma perda auditivaPara pessoas que apresentam uma perda de audição o ruído interfere ainda mais na compreensão e percepção daquilo que se deseja ouvir. Para que uma pessoa com audição normal perceba o que é dito em meio ao ruído é necessário que o som esteja pelo menos 10dB mais alto que o ruído de fundo. Para a pessoa que possui uma perda auditiva, essa relação deve ser ainda maior, de pelo menos 15dB a mais para que o som possa ser percebido. Nesta mesma pesquisa, os autores relatam que o incômodo com o ruído no ambiente de trabalho é ainda maior para aquelas pessoas que possuem uma perda de audição. Entre ouvintes, o incômodo foi relatado por 47%dos entrevistados, enquanto que entre indivíduos com perda auditiva a porcentagem de pessoas com queixa foi de 68%.

Estamos expostos até mesmo nas atividades de lazer.Mesmo quando não estamos trabalhando ainda estamos expostos ao ruído. Na mesma pesquisa, os autores entrevistaram o público de cafés para saber a opinião a respeito do barulho de fundo. Entre os  entrevistados 51% relataram que tinham dificuldades para entender uma conversa no ruído em em um café, e 93% referiram valorizar ambientes com boa acústica ao escolherem um local para atividade de lazer.

O que podemos fazer?Os autores acreditam que o caminho para melhorar a qualidade sonora dos ambientes aos quais estamos expostos seria a conscientização, educação e a adoção de uma melhor política ambiental. É preciso uma atenção maior a esta questão além de outros estudos na área.
(Kilde: Kakofonien, En rapport om störende ljud och samtalsvänliga ljudmiljöer, udgivet af Hörselskadades Riksförbund 2010 fonte: hear-it 29 setembro,2010).


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